A senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) esteve no Acre nesta sexta-feira (17) para uma série de encontros e entrevistas, reafirmando seu compromisso com pautas conservadoras e críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a visita, Damares voltou a defender o Projeto de Lei 1904/2024, conhecido nacionalmente como “PL do Estupro”, e destacou que a proposta deve voltar à pauta no Congresso. Segundo ela, o texto foi alvo de distorções e não altera o direito de interrupção da gravidez nos casos previstos pelo Código Penal.
“O projeto não dizia isso… leia o projeto”, afirmou a senadora, destacando que o objetivo é combater o uso da assistolia fetal, método utilizado em abortos tardios, que ela classificou como “cruel e desumano”.
Críticas ao Supremo e a Flávio Dino
Em tom firme, Damares também criticou os ministros do Supremo Tribunal Federal, acusando a Corte de agir movida por viés ideológico.
“Uma Suprema Corte que decide que as escolas podem falar ideologia de gênero, isso é ideologia, sim”, declarou.

A senadora ainda fez referência direta ao ministro Flávio Dino, afirmando que sua atuação representa a “politização” do STF e a presença de um pensamento “claramente de esquerda e comunista” dentro da mais alta instância do Judiciário brasileiro.
Chamado à união da direita acreana
Em meio a apoiadores, Damares também aproveitou a passagem pelo estado para conclamar a união da direita acreana em torno de valores cristãos, da defesa da vida e da liberdade. Segundo ela, “é hora de reorganizar as forças conservadoras para 2026”.
A presença da senadora no Acre é vista por lideranças locais como um gesto de fortalecimento das pautas morais e da resistência ao avanço da agenda progressista no país.
Reflexos em Rondônia
O discurso de Damares ecoa fortemente também em Rondônia, estado que tem se consolidado como um dos principais redutos conservadores da região Norte. A defesa da vida, da família e da liberdade religiosa, bandeiras levantadas pela senadora, encontram respaldo entre lideranças políticas e comunitárias rondonienses, que veem na direita organizada a força capaz de resgatar princípios e valores que sustentam o Brasil real.

A recente presença do senador Marcos Rogério (PL-RO) no Acre para prestigiar a filiação do senador Márcio Bittar ao Partido Liberal reforça essa conexão regional entre os dois estados. Segundo Marcos, a chegada de Bittar ao PL “fortalece a voz da direita no Acre e amplia o espaço do conservadorismo na Amazônia”.
A visita de Damares, somada à articulação política de líderes como Marcos Rogério e Bittar, sinaliza uma rearticulação da direita amazônica, que promete vir com mais unidade e voz nas próximas disputas eleitorais.
